O Tal

Cansado de ser bonzinho um homem, aquele homem desejou ser mal


foi rodando por aí, por aqui devastando a felicidade, destruindo o amor.

Ria na cara de quem chorasse, matava a quem brigasse, tudo isso por achar não tinha mais o dom de amar.

Este tal homem malzinho tentou destruir a felicidade de uma moça que tinha os dois braços amputados, o motivo dela estar feliz? Ela havia encontrado alguém que a ama do jeito que ela é. Tal homem fofocava com a moça de um lado de outro tentando confundi-la, tentando retirar a felicidade, mas a moça tão sorridente exclamou:

-Sempre existe um capetinha para estragar a felicidade, você é um deles?

Porque se for não quero ouvir calunias, demorei tanto para encontrar uma pessoa que posso amar e ter meu amor retribuído que me sinto incapaz de acreditar em algo que você está blasfemando. Porque ao invés de você tentar destruir isso, não tenta espalhar o amor, a felicidade?

O Homem ficou para com o olhar fixado na moça, não sabendo o que falar, ela cheio de amor, falando palavras que eleja havia ouvido, mas vindo dela foi algo tão profundo que ele chorou e desabafou.

-Sempre fui tão egoísta pensando só em mim, querendo a minha felicidade, quando eu era bom ninguém me amava por eu amar todos e tudo que estava em minha volta, passou um tempo não conseguia mais amar aquilo que amava antes e me sentia feliz de ver a felicidade dos outros indo embora, para que eles fossem igual a mim.

-ninguém perde o amor -disse a jovem- todos nós temos que nos amar e se espelhar na felicidade dos outros para que possamos ser felizes iguais ou mais que eles. Você pensou que o amor tinha cessado de você, mas ele está vivo, você só está com raiva e não quer deixá-lo fluir.

Foi neste momento que o Homem se foi dizendo ‘’tenho que concertar meus erros’’.

E assim o tal Homem descobre que o Amor nunca se foi.

Aquele que pensa jamais ter amado está enganado, o amor não existe para casais, existe em amigos, em família, existe nas coisas boas que você faz.

‘’O Amor não precisa de bens, posição social, racial o amor é humano. ’’